Este é o dia reservado para a tua viagem a Israel e Palestina. Caso chegues cedo podes começar a explorar a cidade branca, cheia de vida, bem vindo ao Médio Oriente.

 Telavive é um lugar que parece ser à margem de todas as tensões e conflitos, ódios e diferenças. Cidade relativamente recente, fundada nos inícios do século XX, considerada Património UNESCO devido ao movimento modernista da sua arquitectura, traduzido em centenas de edifícios construído no movimento contemporâneo “Bauhaus” surgido na Alemanha.

Telavive é para se desfrutar. Desfrutar dos restaurantes trendy, mercados, bares e vida nocturna como há em poucas cidades. A sul de Telavive encontramos Jaffa, a antiga cidade que albergou durante séculos um dos portos mais importantes do mundo! É o lugar ideal para assistir ao pôr do sol e daqui recuperar energias para desbravar esta terra intensa nos próximos dias.

Acordaremos devagar. A manhã poderá ser para recuperar algumas energias.

Neste dia rumamos até à Palestina! Ramallah, a capital da Autoridade Palestiniana está a escassos 60km de Telavive, mas a distância que a separa fisicamente parece bem maior quando atravessares o por vezes caótico checkpoint de Qalandia.

Almoçaremos já em Ramallah, provando genuínas iguarias típicas do Médio Oriente! De tarde, sem demoras visitaremos o Museu de Arafat. Além de estar aqui sepultado, foi aqui também que viveu os últimos anos da sua vida e dirigiu quase até ao fim dos seus dias a Autoridade Palestiniana.

Partimos em direcção a norte da Palestina. Ainda pela manhã chegaremos a Nablus, a “doce e resistente” Nablus. Doce por ser a “capital” de um dos doces mais conhecidos do Médio Oriente, o Kunefah! E resistente, por ter um historial importante na causa palestiniana. “Flavia Neapolis”, como era chamada no tempo dos romanos, foi disputada e governada por vários impérios em quase 2000 anos de história, devido à sua localização estratégica, é também aqui na região onde reside uma das últimas comunidades de samaritanos do mundo!

Habitualmente está fora dos roteiros mais convencionais, mas pela sua história, pelo seu vibrante mercado, pelo sabão, sim sabão, e pelo seu povo hospitaleiro merecerá a nossa visita.

Nablus irá transportar-te diretamente para o imaginário do Médio Oriente mais comum. O seu souk e centro histórico é um dos menos conhecidos, mas um dos mais interessantes e genuínos desta região. Os sorrisos e os “welcome to Palestine” vão aqui ser elevados a outro nível e vais querer perder-te pelas ruelas durante a manhã.

Já de tarde subimos ao monte sagrado, o monte Gerizim. Para os samaritanos há milhares de anos, segundo a sua tradição, está identificado com a montanha sagrada sobre a qual foi recebida a bênção divina, uma reivindicação que, na crença samaritana, anula a teoria do Templo de Jerusalém. Segundo os samaritanos, foi no topo desta montanha que Abraão esteve prestes a sacrificar o seu filho Isaac.

O fim do dia será passado em Sebastia, considerado um dos mais antigos lugares continuamente habitados na Palestina. Um assentamento proeminente desde as épocas helénica e romana. Cristãos e muçulmanos acreditam que Sebastia seja o local onde São João Batista está sepultado.

De Nablus a Belém a viagem atravessa dois checkpoints.

Mais uma vez as distâncias são curtas, mas pode haver demora no checkpoint antes de chegarmos à cidade onde terá nascido Jesus Cristo, segundo a tradição cristã. Depois de deixarmos a bagagem no hotel, descobrimos a cidade palestiniana mais visitada, Belém. Vamos directos à Igreja da Natividade, mesmo no centro da localidade. O resto do dia será livre e antes do jantar encontramo-nos para visitar o café com a pior vista do mundo!

Hebron é um dos lugares mais disputados recentemente entre muçulmanos e judeus, é a única cidade que contém no seu centro histórico colonos judaicos, que têm reivindicado cada vez mais casas e terrenos nos últimos anos. A cidade tem checkpoints no seu interior e está rodeada de fortes medidas de segurança. Foi considerada recentemente Património mundial da UNESCO e aqui podemos visitar no mesmo edifício uma sinagoga e mesquita! É o segundo lugar mais sagrado para os Judeus e também um dos mais sagrados para os muçulmanos, ou não fosse estarem aqui os túmulos – segundo a tradição judaica e muçulmana- dos grandes profetas Abrãao, Isaac, Jacob e as suas esposas.

Ao fim do dia fazemo-nos à estrada para recolhermos a nossa bagagem em Belém e rumarmos a Jerusalém.

Uma visita a Masada e ao Mar Morto é uma combinação única de história, beleza natural, relaxamento e contemplação.

Situada no topo de uma montanha rochosa no deserto da Judeia, é um local histórico carregado de significado.

Lá, exploramos as antigas ruínas de um palácio fortificado e testemunhamos a grandiosidade arquitetónica do passado.
Enquanto caminhamos por entre os muros desgastados, é impossível não nos maravilharmos com a vista panorâmica do deserto circundante. A história de Masada está intrinsecamente ligada à coragem e à resistência do povo judeu contra as forças romanas. Uma história de determinação e coragem que ressoa até os dias de hoje.

Após visitar Masada, seguimos para o Mar Morto. Flutuar nas águas salgadas do Mar Morto é uma experiência surreal, graças à sua alta concentração de sal. A sensação de leveza e a impossibilidade de afundar, tornam o banho no Mar Morto uma atividade divertida e relaxante.

Ao fim da tarde, voltamos para Belém, para um jantar calmo no hotel.

Jerusalém. É hoje. Cidade disputada, tomada e conquistada várias vezes ao longo da história. Terra sagrada, terra universal e sim, um dos maiores museus a céu aberto do mundo! Um centro espiritual para cristãos, judeus e muçulmanos e quiçá não crentes. A energia que emana destas pedras cheias de história é fora do comum. Mas há muito para ver por isso o melhor é preparar as perninhas para caminhar, porque Jerusalém vale a pena.

Hoje vamos conhecer o coração da cidade muralhada com um guia local para nos ajudar a desenrolar este novelo cheio de história que é Jerusalém.

Ao pôr do sol, se sobrarem energias, subimos até ao Monte das Oliveiras e contemplamos a cidade velha lá ao longe.

A nossa viagem a Israel e Palestina está a chegar ao fim, mas Jerusalém ainda tem muito para nos dar, e nós aceitamos de braços abertos.

Pela manhã acompanhem-me até ao intrigante bairro judeu ortodoxo, Mea Shearim. Vais recuar no tempo e parecer que estás em pleno início do século XX. Esta comunidade que aqui se fixou aquando da criação do Estado de Israel, opta por viver de uma forma modesta e recatada, são, no entanto de uma forma geral contra a criação do Estado de Israel e criticam ferozmente o movimento sionista. É um dos lugares mais desafiantes culturalmente da região.

A hora de almoço aproxima-se e o melhor será ir em direção à rua Jaffa desde a parte antiga até à parte moderna da cidade. Pelo meio encontramos o Mercado Mahane Yehuda e prepara a carteira pois vai ser difícil resistir às iguarias que nos desafiam a cada olhar.

Hoje podemos terminar o dia na zona mais a sul do centro histórico, atravessando a Porta de Jaffa. Por aqui alcançaremos o lugar que segundo a tradição alberga o túmulo do Rei David e bem perto a sala onde terá Jesus partilhado a última ceia com os seus seguidores. A nossa aventura está a chegar ao fim e resta-nos descansar e dizer adeus a esta cidade do mundo.

Este dia será reservado para a tua partida. Obrigado por fazeres parte desta aventura e até já!