Este é o dia da tua chegada ao Benim. Bem vinda(0) ao berço do vudu!
Apesar de não ser a capital do país, é a maior cidade e o centro económico e financeiro do Benim.
Aproveita para descansar e encher-te de energia para os próximos dias.
O encontro do grupo com o líder da viagem será ao jantar, para que todos se possam conhecer, num belo repasto à volta da mesa.
Começamos o nosso dia com uma pequena viagem até à capital do Benim: Porto-Novo.
É uma cidade calma que deve o seu nome aos comerciantes de escravos portugueses que aqui se estabeleceram no sec. XVI. Com abolição da escravatura no Brasil em finais do sec. XIX, muitos afro-brasileiros retornaram a esta costa, deixando em Porto-Novo uma marca muito especial a nível arquitetónico.
Conhecemos as suas ruas com um habitante local e começamos a respirar o cheiro intenso e rico da região de áfrica ocidental.
À tarde regressamos a Cotonou, a maior e mais vibrante cidade do Benim e exploramos o gigante mercado Dantokpa, onde chocamos de frente com as primeiras bancas de fetiches vudu.
De manhã, atravessamos o lago Nokwe até Ganvié, uma aldeia palafita conhecida como a Veneza de África. Os cerca de 20.000 habitantes da etnia Tofinu fazem a sua vida na água: a canoa é o meio de transporte entre casas, mercados flutuantes, escola, hospital e até um restaurante.
Ganvié foi construída há cerca de 500 anos, para fuga aos caçadores de escravos, e tem mantido a mesma forma de vida.
Prosseguimos até Ouidah, onde ficamos alojados 2 noites, e descobrimos esta pequena cidade por onde os portugueses andaram.
Ouidah é a capital do Vudu e foi também um dos maiores portos de tráfico de escravos africanos para o Novo Mundo.
O Vudu tem sido mal afamado, mas o original Vudu praticado em África nada tem a ver com forças malignas, é uma religião do bem e da proteção. Os seguidores do Vudu acreditam que os espíritos dos seus ancestrais e as forças da natureza determinam as suas vidas. E quem sabe, também tu te converterás.
Já convertidos, seguimos até ao centro da cidade admiramos a arquitetura afro-brasileira e a catedral católica. Paramos para almoçar e percorremos a estrada dos escravos até à Porta de Não Retorno, na praia. Visitamos ainda o Forte português e a floresta sagrada.
A fome aperta e o dia empurra-nos até um jantar à beira-mar.
Deixamos Ouidah e rumamos a norte, em direção a Abomey.
O timing é o ideal para mergulhar na história do Benim: Abomey foi a capital do feroz Reino de Dahomey, vê o filme “A Mulher Rei” que retrata a vida por aqui nessa época.
Instalamo-nos, almoçamos e percorremos alguns cantos desta mítica cidade com um habitante local que diz ser príncipe descendente do reino principal de Abomey.
O Palácio Real, hoje transformado em museu, é o único local do Benim inscrito no Património Unesco (pode não estar aberto, mas teremos sempre a oportunidade de ver o exterior de vários palácios de Abomey) .
Seguimos a nossa jornada até à pequena cidade de Savalou que deve o seu nome ao herói Soha, o homem que domou o búfalo. Savalou, a Bela, localizada a meio caminho entre o Benim do Norte e o Benim do Sul está rodeada de majestosas colinas, onde poderás fazer umas caminhadas.
Passamos pelo mercado e ficamos a conhecer o Palácio Real, e quem sabe, ainda conseguimos cumprimentar o Rei atual.
Não podemos deixar de ir até Dankoli Fetish, o local mais sagrado do Benim para os seguidores do vudu: aqui, as pessoas vêm comunicar diretamente com os espíritos e fazer-lhes pedidos em troca de sacrifícios de animais. Se fores sensível a este tema, sugerimos que não venhas até este local, pois há um cheiro nauseabundo e um grande monte com ossos, penas, sangue e outros restos de animais.
Com sorte adormecemos com música tradicional na nossa cabeça.
Temos hoje um longo caminho até ao norte do Benim, muito perto da fronteira com o Togo.
Saímos de manhã muito cedo, paramos para petiscar no caminho e chegamos ao início da tarde à pequena, mas extraordinária aldeia de Boukombé.
Estamos na região de Atakora, na terra do povo Somba.
Ficaremos alojado num tata local, sem wi-fi, wc privado e água quente, mas com o privilégio de visitar um lugar tão remoto quanto especial.
O resto do dia é dedicado a conhecer a cultura, os hábitos e as rotinas do povo que habita a região.
Hoje atravessamos a fronteira do Benim para o Togo (Boukoumbé-Nadoba). Estamos em África, prepara-te para uma possível travessia demorada. Aqui é tudo imprevisível, mas pela nossa experiência esta fronteira não tem sido das mais complexas.
Entramos no Togo e estamos na região de Kara. Vamos até Koutammakou, a Terra dos Batammariba/Tamberma, único local do Togo inscrito no património Unesco.
Aqui, conhecemos um dos complexos Tamberma com vários tatas de adobe que serviram de fortaleza aos que fugiam dos caçadores de escravos do Reino de Dahomey.
É uma maravilhosa paisagem cultural habitada pelo homem em harmonia com a natureza.
Depois de almoço, seguimos para Sokodé, na Região Central, onde ficamos 2 noites.
Sokodé é a 2ª cidade do Togo em número de habitantes, famosa pela tecelagem e com população maioritariamente muçulmana.
Estamos na terra dos Kotokoli, um dos mais importantes grupos étnicos do Togo e ficamos a perceber como as antigas tradições da África subsariana se mesclaram com as tradições muçulmanas do Norte de África.
À noite, tentamos dançar com o fogo.
Todos nós temos bem presentes o colorido das roupas típicas da áfrica ocidental, pois em Sokodé visitamos o Centro Nacional de Tecelagem, uma ONG onde vemos como se produzem os diferentes tecidos locais. Seguimos para o grande mercado de Sokodé, e perdemo-nos num mar de cores, sim ?
Depois de um dia intenso, retomamos as energias necessárias para a longa viagem do dia seguinte.
Levantamo-nos cedo e partimos para sul, até Lomé, capital do Togo.
Será uma longa viagem, e vemos uma diversidade de paisagens magníficas até ao nosso destino.
Chegamos a Lomé ao fim do dia e aproveitamos para carregar baterias para o resto da nossa expedição.
Aqui, pernoitamos 3 noites, numa zona central da cidade, com o mar como música de fundo.
Bem-vindo(as) a Lomé! O dia será para descobrir a capital do Togo.
Passamos pelo Palácio de Lomé, antiga residência dos governadores alemães, ingleses, franceses e do Estado Togolês, e agora transformado num centro cultural.
Caminhamos até à lindíssima Catedral de Lomé e mergulhamos a fundo no Grande Mercado, o reino das “Nana Benz” e das Nanettes, suas descendentes. Vamos descobrir a história das primeiras milionárias do Togo, graças ao comércio de tecidos encerados de padrões africanos, cuja origem é, imagine-se… o famoso batik da ilha de Java, trazido para a África ocidental pelos holandeses.
Antes de almoço, rumamos até à pequena Village Artisanal, onde podemos contemplar os artesãos a trabalhar.
E como não podia faltar, segue-se o Mercado de Fetishes Akodesséwa, o maior mercado de vudu do mundo!
E que tal visitar um feiticeiro para te “dar” uma proteção para o que precisares?
Acabamos calmamente o nosso dia, com um jantar ao som do mar.
Destino: Togoville, a terra que deu o nome ao país.
Seguimos para leste de Lomé até Agbodrafo, destino local de fins de semana. Estamos na margem sul do Lago Togo e apanhamos uma canoa para Togoville que fica na margem norte.
Depois de uma volta por este pequeno, mas muito importante local, voltamos para Agbodrafo, onde almoçamos na margem do lago. Deambulamos por este bonito local e ao fim da tarde regressamos a casa e despedimo-nos do Togo ao jantar.
Cedo, avançamos até à caótica fronteira de Aflao.
Depois de passada a fronteira, 4/5 horas de caminho separam-nos de Acra, a capital do Gana.
Ainda antes de chegarmos ao hotel, paramos no subúrbio Teshie, onde moram os construtores de caixões de fantasia. Visitamos uma das carpintarias que fazem estes caixões personalizados e que podem ter as formas que os clientes pedirem: animais, frutas, barcos, carros, sapatos e até garrafas de coca-cola.
Instalamo-nos no centro de Acra, na área de Osu, a mais animada da cidade. Mimamo-nos com um bom jantar e juntamo-nos aos locais num bar, pois esta cidade tem fama de gozar de boa vida noturna.
O Gana é um país com diferenças sociais gigantes e isso nota-se ainda mais em Acra.
Hoje, saímos do bairro do nosso hotel e vemos como se vive nos subúrbios da cidade.
É por aqui que ficamos com uma ideia mais precisa do que acontece ao nosso lixo eletrónico e ao negócio da doação de roupa, sim nosso, europeu.
Felizmente, começam a exigir alguns movimentos mundiais contra o consumo excessivo de “moda rápida” e “tecnologia rápida”, para bem do planeta de todos, mas o Gana está ainda longe dessa realidade.
Tomamos consciência de uma parte da realidade do país, por vezes ignorada.
Não é bonito, mas faz parte do ciclo de vida da tecnologia que utilizamos e que esquecemos quando compramos o novo modelo de um telemóvel.
Seguimos fazendo um tour pelo centro da cidade, incluindo o Mercado Makola, um dos maiores mercados da África ocidental e Jamestown. Hoje, um dos bairros mais pobres de Acra mas também também um dos mais vibrantes, Jamestown é uma comunidade piscatória que se formou no sec. XVII à volta do Forte James.
Depois de um dia culturalmente intenso lembramo-nos que é a última noite em Acra, uma das maiores e vibrantes cidades da África Ocidental. Haja festa!
Levantamos cedo e rumamos a oeste, Cape Coast será a nossa última casa desta viagem. A caminho fazemos uma paragem na praia de Krokobite
Não é praia mais bonita nem limpa desta costa, mas é um dos locais favoritos dos acrenses e dos expatriados que por aqui residem. Interessante também conhecer a escola de surf, que tem ajudado os miúdos locais a afastarem-se de vidas menos boas.
Chegamos a Cape Coast e alojamo-nos perto do mar. Originalmente batizado de “Cabo Corso” pelos portugueses, este local foi em tempos o maior centro de tráfego de escravos da África ocidental. Atualmente, é uma vila piscatória com uma vibe artística.
Visitamos o Castelo de Cape Coast e ouvimos a história terrível dos escravos que aqui eram enclausurados antes de partirem para o novo mundo. Este Castelo faz parte do conjunto de “Fortes e Castelos da Costa do Gana” declarados património Unesco.
Damos uma volta pela vila, jantamos e descanamos acompanhados de novo pelo som do mar.
Estamos em África e não podíamos perder um dos seus parques naturais: O Parque Nacional de Kakum. A manhã vai fazer levantar-te da cama bem cedo, mas vai valer a pena. O Parque alberga uma larga fatia de floresta tropical nativa e é mágica!
Antes de subirmos ao céu, tomamos o pequeno almoço, e agora sim estamos prontos para um passeio pelas copas das árvores, atravessando as várias pontes suspensas a cerca de 30m do chão.
Voltamos para Cape Coast cansados, mas de alma cheia, prometemos.
A manhã leva-nos até Elmina, a antiga feitoria portuguesa de São Jorge da Mina.
Passeamos por esta pitoresca vila, erguida numa língua de terra entre o Oceano Atlântico e a Lagoa Benya. O porto, o mercado, os posubans… aqui tudo é colorido e ruidoso.
Visitamos o Castelo de São Jorge, também ele parte do conjunto de “Fortes e Castelos da Costa do Gana” declarados património Unesco.
Este castelo começou por ser uma feitoria portuguesa para comércio de ouro e foi depois expandido quando o “ouro negro” se tornou mais importante que o “ouro amarelo”. É o edifício europeu mais antigo existente na África subsariana.
Voltamos para Cape Coast, onde terás a tarde livre para aproveitares à tua vontade: um mergulho na praia, umas últimas compras, ou simplesmente não fazer nada, e a muito custo aceitar que a nossa aventura está terminar.
Hoje é dia de regresso a casa.
Faremos o caminho de Cape Coast até ao aeroporto de Acra.
Boa viagem e um grande bem haja por nos teres acompanhado nesta aventura!
17 noites de alojamento | Hotel ou guesthouse em quarto duplo/twin
Vôos internacionais | a partir de: 900€ (valor indicativo)
-Passaporte com validade superior a 6 meses (a contar da data de regresso)
-Reserva de voos ida e volta
-Vistos
-Seguro de viagem
-Certificado de vacinação da Febre amarela
-Seguro de viagem
-Vacina da Febre amarela tomada
Nesta viagem, os transfers estão incluídos, dentro das datas do programa.
Todos os países estão relativamente próximos da linha do equador, pelo que o clima é genericamente tropical. As temperaturas são constantes entre os 20º e os 30º .
Na deslocação entre locais distantes, a viagem será feita em van privada.
Dentro das cidades e aldeias, os percursos serão pedestres e em transportes públicos (autocarro, táxi, mota-táxi e piroga)
Sim, as cidades e aldeias desta viagem serão maioritariamente percorridas a pé, que é a melhor forma de as conhecer.
De qualquer forma, tudo será feito consoante a dinâmica do grupo.
A comida é simples, mas saborosa. Frango e carne de vaca é o mais comum, tal como peixe frito. Para além dos acompanhamentos normais (batatas fritas e esparguete), é comum o inhame, a banana frita e a mandioca.
Não necessitarás de adaptador para as tomadas.
Em África nunca deverás esperar o mesmo standard de acesso a eletricidade, wi-fi e comunicações que temos na Europa.
Poderemos ter falhas de eletricidade e em alguns locais mais remotos não haverá wi-fi.
Nas cidades maiores, na maioria dos hotéis e restaurantes haverá rede wi-fi razoável, mas raramente com boa qualidade.