Este é o dia da tua chegada ao Gana. Bem vindo(a) à África ocidental.
Instalamo-nos no centro de Acra, na área de Osu, a mais animada da cidade.
O encontro do grupo com o líder da viagem será ao jantar, para que todos se possam conhecer.
Aproveita para descansar e encher-te de energia para a nossa aventura dos próximos dias.
O Gana é um país com diferenças sociais gigantes e isso nota-se ainda mais em Acra.
Hoje, vamos sair do bairro trendy do nosso hotel e vamos ver como se vive nos subúrbios da cidade.
E vamos também ganhar consciência do que acontece ao nosso lixo eletrónico e ao negócio da doação de roupa (sim, nosso! europeu!).
Felizmente, começam a existir alguns movimentos mundiais contra o consumo excessivo de “moda rápida” e “tecnologia rápida”, para bem do planeta de todos, mas o Gana ainda está longe dessa realidade.
Começamos por fazer um tour pelo centro da cidade, incluindo o Mercado Makola, um dos maiores mercados da África ocidental e seguimos para Agbogbloshie, um gigante campo e mercado de lixo eletrónico. Não é bonito, mas faz parte do ciclo de vida da tecnologia que utilizamos e que esquecemos quando compramos o novo modelo de um telemóvel.
Seguimos para Jamestown, onde almoçamos. Hoje, um dos bairros mais pobres de Acra mas também também um dos mais vibrantes, Jamestown é uma comunidade piscatória que se formou no séc. XVII à volta do Forte James.
Paramos ainda num dos subúrbios de Acra, onde moram alguns construtores de caixões de fantasia. Visitamos uma das carpintarias que fazem estes caixões personalizados e que podem ter as formas que os clientes pedirem: animais, frutas, barcos, carros, sapatos e até garrafas de coca-cola.
Voltamos para o nosso bairro e mimamo-nos com um bom jantar e juntamo-nos aos locais num bar, pois esta cidade tem fama de gozar de boa vida noturna.
Levantamos cedo e rumamos a oeste. O destino é Cape Coast,vila com muita vibe que será a nossa casa durante 3 noites.
A passagem de ano será aqui!
Pelo caminho, paramos em Krokobite para beber um café. Não é a praia mais bonita nem limpa desta costa, mas é um dos locais favoritos dos acrenses e dos expatriados que por aqui residem. E é tão engraçado ver este mar de gente! E podemos ver a escola de surf, que tem ajudado os miúdos locais a afastarem-se de vidas menos boas.
Chegamos a Cape Coast e alojamo-nos perto do mar. Originalmente batizado de “Cabo Corso” pelos portugueses, este local foi em tempos o maior centro de tráfico de escravos da África ocidental. Atualmente, é uma vila piscatória com uma vibe artística e rastafari.
Visitamos o Castelo de Cape Coast e ouvimos a história terrível dos escravos que aqui eram enclausurados antes de partirem para o novo mundo. Este Castelo faz parte do conjunto de “Fortes e Castelos da Costa do Gana” declarados património Unesco.
Damos uma volta pela vila, jantamos e descansamos acompanhados pelo som do mar.
Estamos em África e não podíamos perder um dos seus parques naturais: O Parque Nacional de Kakum. A manhã vai fazer levantar-te da cama bem cedo, mas vai valer a pena. O Parque alberga uma larga fatia de floresta tropical nativa e é mágica!
Antes de subirmos ao céu, tomamos o pequeno almoço, e agora sim estamos prontos para um passeio pelas copas das árvores, atravessando as várias pontes suspensas a cerca de 30m do chão.
Voltamos para Cape Coast cansados, mas de alma cheia, prometemos.
A manhã leva-nos até Elmina, a antiga feitoria portuguesa de São Jorge da Mina.
Passeamos por esta pitoresca vila, erguida numa língua de terra entre o Oceano Atlântico e a Lagoa Benya. O porto, o mercado, os posubans… aqui tudo é colorido e ruidoso.
Visitamos o Castelo de São Jorge, também ele parte do conjunto de “Fortes e Castelos da Costa do Gana” declarados património Unesco.
Este castelo começou por ser uma feitoria portuguesa para comércio de ouro e foi depois expandido quando o “ouro negro” se tornou mais importante que o “ouro amarelo”. É o edifício europeu mais antigo existente na África subsariana.
Voltamos para Cape Coast, onde terás a tarde livre para aproveitares à tua vontade: um mergulho na praia, umas últimas compras, ou simplesmente não fazer nada.
Ao fim da tarde, começa a festa de passagem de ano! Haja alegria!
Bom Ano Novo!
O 1º dia de 2025 será calmo e em viagem. Saímos de Cape Coast em direção a Acra, onde almoçamos.
4 horas de caminho separam-nos de Aflao, a caótica fronteira Gana-Togo.
Depois de passada a fronteira, já estamos perto de Lomé, capital do Togo. Aqui, ficaremos 3 noites, numa zona muito central da cidade, com o mar ao fundo. Aproveitamos para descansar e carregar baterias para o resto da nossa expedição.
Bem-vindo(as) a Lomé! O dia será para descobrir a capital do Togo.
Passamos pelo Palácio de Lomé, antiga residência dos governadores alemães, ingleses, franceses e do Estado Togolês, e agora transformado num centro cultural.
Caminhamos até à lindíssima Catedral de Lomé e vamos depois mergulhar no Grande Mercado, o reino das “Nana Benz” e das Nanettes, suas descendentes. Vamos descobrir a história das primeiras milionárias do Togo, graças ao comércio de tecidos encerados de padrões africanos, cuja origem é, imagine-se… o famoso batik da ilha de Java, trazido para a África ocidental pelos holandeses. Antes de almoço, vamos ainda à rua dos artesãos onde podemos contemplar os artesãos a trabalhar. E como não podia faltar, segue-se o Mercado de Fetishes Akodesséwa, o maior mercado de vudu do mundo. E que tal visitar um feiticeiro para te “dar” uma proteção para o que precisares?
Acabamos calmamente o nosso dia, com um jantar ao som do mar.
Destino: Togoville, a terra que deu o nome ao país.
Seguimos para leste de Lomé até Agbodrafo, destino local de fins de semana. Estamos na margem sul do Lago Togo e apanhamos uma canoa para Togoville que fica na margem norte.
Depois de uma volta por este pequeno, mas muito importante local, voltamos para Agbodrafo, onde almoçamos na margem do lago. Deambulamos por este bonito local e ao fim da tarde regressamos a casa e despedimo-nos de Lomé ao jantar.
Levantamo-nos cedo e partimos para norte, até Sokodé, na Região Central, onde ficamos 2 noites.
Sokodé é a 2ª cidade do Togo em número de habitantes, famosa pela tecelagem e com população maioritariamente muçulmana.
Estamos na terra dos Kotokoli, um dos mais importantes grupos étnicos do Togo e vamos descobrir como as antigas tradições da África subsariana se mesclaram com as tradições muçulmanas do Norte de África.
Será uma longa viagem, e vemos uma diversidade de paisagens magníficas até ao nosso destino. Chegamos a Sokodé à tarde e ainda podemos dar uma volta pelo centro da cidade e vamos passando por diversas mesquitas onde apenas os muçulmanos podem entrar.
À noite, tentamos dançar com o fogo.
Hoje é domingo, dia do grande mercado de Tchamba, a 1h de caminho de Sokodé. Vamos perdemo-nos num mar de cores, sim?
Este mercado é frequentado pelos Kotokokli, Tchamba, Kabyés e Peuhls, algumas das cerca de 40 etnias que coabitam nesta região. E quem sabe, ainda conseguimos ver a dança dos cavalos…
Depois de um dia intenso, retomamos as energias necessárias para a longa viagem do dia seguinte.
Temos hoje um longo caminho até ao norte do Togo, muito perto da fronteira com o Benim. Saímos de manhã muito cedo e paramos no caminho para petiscar.
Estamos na região de Kara e vamos até Koutammakou, a Terra dos Batammariba/Tamberma, único local do Togo inscrito no património Unesco.
Aqui, vamos visitar um dos complexos Tamberma com vários tatas de adobe que serviram de fortaleza aos que fugiam dos caçadores de escravos do Reino de Dahomey.
É uma maravilhosa paisagem cultural habitada pelo homem em harmonia com a natureza.
Passamos depois a fronteira do Togo para o Benim (Nadoba – Boukoumbé). Estamos em África, prepara-te para uma possível travessia demorada. Aqui é tudo imprevisível, mas pela nossa experiência esta fronteira não tem sido das mais complexas.
Chegamos à pequena, mas extraordinária aldeia de Boukombé. Estamos na região de Atakora, na terra do povo Somba.
Ficaremos alojados num tata local, sem wi-fi nem água quente, mas com o privilégio de visitar um lugar tão remoto quanto especial.
O resto da tarde é dedicado a conhecer a cultura, os hábitos e as rotinas do povo que habita a região.
Ao fim do dia estamos com muita fome para jantar, aqui come-se mesmo muito bem!
De manhã, ainda podemos visitar o mercado de Boukoumbé e ver o processo de produção manual da manteiga de karité.
Seguimos a nossa jornada para sul até à pequena cidade de Savalou que deve o seu nome ao herói Soha, o homem que domou o búfalo. Savalou a Bela, localizada a meio caminho entre o Benim do Norte e o Benim do Sul está rodeada de majestosas colinas.
Com sorte adormecemos com música tradicional na nossa cabeça.
Ainda em Savalou, passamos pelo mercado e vamos depois visitar o Palácio Real, e quem sabe, ainda conseguimos cumprimentar o Rei atual. Não podemos deixar de ir até Dankoli Fetish, o local mais sagrado do Benim para os seguidores do vudu: aqui, as pessoas vêm comunicar diretamente com os espíritos e fazer-lhes pedidos em troca de sacrifícios de animais. Se fores sensível a este tema, sugerimos que não venhas até este local, pois há um cheiro nauseabundo e um grande monte com ossos, penas, sangue e outros restos de animais.
Deixamos Savalou e rumamos novamente a sul, em direção a Abomey.
O timing é o ideal para mergulhar na história do Benim: Abomey foi a capital do feroz Reino de Dahomey. Se quiseres, vê o filme “A Mulher Rei” que retrata este reino nessa época e o seu comércio com os portugueses. Instalamo-nos e vamos depois percorrer alguns cantos desta mítica cidade com um habitante local que diz ser príncipe descendente do reino principal de Abomey.
Abomey é verdadeiramente bonita com a terra de cor avermelhada e as suas ruas imaculadas.
Ainda passamos aqui a manhã a descobrir o mercado e até uma fábrica de produtos de ananás. Podes comprar uns saquinhos de ananás secos artesanalmente, um maravilhoso petisco.
O Palácio Real, hoje transformado em museu, é o único local do Benim inscrito no Património Unesco (pode não estar aberto, mas teremos sempre a oportunidade de ver o exterior de vários palácios de Abomey) .
À tarde, prosseguimos até Ouidah, onde ficamos alojados 2 noites, e descobrimos esta pequena cidade por onde os portugueses andaram.
Deitamo-nos cedo, que o dia de amanhã promete!
Hoje é o grande dia do Festival Anual do Vudu! O dia será passado em Ouidah e só regressamos a casa ao fim da tarde.
Ouidah é a capital do vudu e foi também um dos maiores portos de tráfico de escravos africanos para o Novo Mundo.
O vudu tem sido mal afamado, mas o original vudu praticado em África nada tem a ver com forças malignas. É uma religião do bem e da proteção.
Os seguidores do vudu acreditam que os espíritos dos seus ancestrais e as forças da natureza determinam as suas vidas. E neste dia, milhares de crentes do Benim e países vizinhos vêm a Ouidah para receber as suas bençãos das divindades vudus através de danças, canções, batuque de tambores, rezas e sacrifícios de animais.
Preparem as câmaras porque nos vamos perder na loucura do Festival Anual do Vudu.
Almoçamos pela praia e fazemos depois o caminho inverso da estrada dos escravos, da Porta de Não Retorno até ao centro da cidade, onde podemos admirar a arquitetura afro-brasileira e a Catedral Católica.
Visitamos ainda o Forte Português de Ouidah e a Floresta Sagrada.
O dia chega ao fim, e agora sim, adormecemos abençoados com a magia e tradições tão icónicas desta região africana.
De manhã, saímos de Ouidah e vamos até ao cais de Abomey-Calavi. Aí, atravessamos o lago Nokwe até Ganvié, uma aldeia palafita conhecida como a Veneza de África. Os cerca de 20.000 habitantes da etnia Tofinu fazem a sua vida na água: a canoa é o meio de transporte entre casas, mercados flutuantes, escola, hospital e até um restaurante.
Ganvié foi construída há cerca de 500 anos, para fuga aos caçadores de escravos, e tem mantido a mesma forma de vida.
À tarde, vamos até Cotonou, onde ficamos alojados 2 noites, as últimas da nossa viagem. Apesar de não ser a capital do país, é a maior cidade e o centro económico e financeiro do Benim.
Começamos o nosso dia com uma pequena viagem até à capital do Benim: Porto-Novo.
É uma cidade calma que deve o seu nome aos comerciantes de escravos portugueses que aqui se estabeleceram no sec. XVI. Com a abolição da escravatura no Brasil em finais do séc. XIX, muitos afro-brasileiros retornaram a esta costa, deixando em Porto-Novo uma marca muito especial a nível arquitetónico.
Vamos deambular pelas ruas da cidade com um habitante local e respirar o cheiro intenso e rico da região de áfrica ocidental.
À tarde regressamos a Cotonou, a maior e mais vibrante cidade do Benim e vamos explorar o gigante mercado Dantokpa, onde podemos descobrir mais bancas de fetiches vudu, já bem nossas conhecidas.
Será o último jantar do grupo em terras africanas e a muito custo aceitamos que a nossa aventura está a terminar.
Hoje é dia de regresso a casa.
Dependendo do horário do teu voo, podes ainda aproveitar as últimas horas antes do pequeno trajeto até ao aeroporto.
Boa viajem e um grande bem haja por nos teres acompanhado nesta aventura!
17 noites de alojamento | Hotel ou guesthouse em quarto duplo/twin
Vôos internacionais | a partir de: 900€ (valor indicativo)
-Passaporte com validade superior a 6 meses (a contar da data de regresso)
-Reserva de voos ida e volta
-Vistos
-Seguro de viagem
-Certificado de vacinação da Febre amarela
-Seguro de viagem
-Vacina da Febre amarela tomada
Nesta viagem, os transfers estão incluídos, dentro das datas do programa.
Todos os países estão relativamente próximos da linha do equador, pelo que o clima é genericamente tropical. As temperaturas são constantes entre os 20º e os 30º .
Na deslocação entre locais distantes, a viagem será feita em van privada.
Dentro das cidades e aldeias, os percursos serão pedestres e em transportes públicos (autocarro, táxi, mota-táxi e piroga)
Sim, as cidades e aldeias desta viagem serão maioritariamente percorridas a pé, que é a melhor forma de as conhecer.
De qualquer forma, tudo será feito consoante a dinâmica do grupo.
A comida é simples, mas saborosa. Frango e carne de vaca é o mais comum, tal como peixe frito. Para além dos acompanhamentos normais (batatas fritas e esparguete), é comum o inhame, a banana frita e a mandioca.
Não necessitarás de adaptador para as tomadas.
Em África nunca deverás esperar o mesmo standard de acesso a eletricidade, wi-fi e comunicações que temos na Europa.
Poderemos ter falhas de eletricidade e em alguns locais mais remotos não haverá wi-fi.
Nas cidades maiores, na maioria dos hotéis e restaurantes haverá rede wi-fi razoável, mas raramente com boa qualidade.