Rosa Furtado, nascida em Lisboa em 1971.
Quando fiz 10 anos, uma tia ofereceu-me uma câmara Kodak analógica, daquelas com tampa, cujo modelo já não recordo. Fiquei entusiasmada com a possibilidade de poder gravar momentos e colecionar memórias “para mais tarde recordar”. Por essa altura, já sonhava poder conhecer o mundo e trazer comigo recordações dos sítios que os meus olhos veriam bem mais tarde.
Adoro viajar e fotografar locais longínquos e pouco conhecidos – pessoas, culturas e costumes, paisagens naturais e urbanas, marcos históricos e recantos insólitos – e trazer história, estórias, cores e sorrisos.
Gosto de desmistificar os rótulos dados pelos media a muitos locais como “perigosos”, “inseguros” ou “habitados por terroristas”. Em todo o mundo, há sorrisos francos e pessoas que só querem ser felizes. A bitola certa da cultura e da ciência não é apenas a do padrão ocidental. Acredito na diversidade e na sua coabitação e acredito que a partilha de fotografias desses locais pode ajudar a tornar o mundo mais justo, menos xenófobo e mais cooperante